Sinopse

Se realmente pretendem saber qual a solução para a saída da crise de uma vez por todas, é simples, está tudo no livro “Novo Mundo – Nova Terra – o início” e sobre ele D. Manuel Martins, Bispo Emérito de Setúbal diz-nos o seguinte:

“… Vejo neste livro tão interessante e tão rico de informação, uma espécie de Compêndio de Doutrina Social ou então como um pequeno terramoto que nos desperta para o modo como devemos estar na vida.

Não perca a oportunidade de o ler, caro leitor. Sem pressa. Vá-se perguntando se o autor tem ou não razão no que diz. Estou certo que muitas vezes irá dizer que sim e que vai ficar grato a quem lhe pôs esta prenda nas mãos.

Estamos muito mal. Mas responsavelmente juntos, podemos vencer. E vamos vencer.”

Isto é:

Um livro que desmascara toda a mentira que nos está a ser imposta.
Um livro que apresenta as causas, a origem, o quê e quem está por detrás da crise.
Um livro para quem quer realmente saber quais as soluções e medidas para acabar com a crise atual.
Um livro que o poder Político e Económico não quer que seja lido mas que todos devem ler.
Um livro que pode mudar a vida de todos os portugueses, da europa e do mundo para sempre.
Um livro a não perder.


Está na sua mão a oportunidade de participar na mudança, primeiro lendo o livro, depois ajudando na sua divulgação e por último colocando em prática as sugestões nele apresentadas, qual será a sua opção?

Será que vai esperar que outros resolvam os seus problemas e do país?

Se não, então todos juntos venceremos.

Por isso um livro está à sua espera.

Lucro versus sem lucro

Lucro versus sem lucro

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Auroville: a cidade dos sonhos

Conheça a Auroville, uma comunidade no sul da Índia, que busca a unidade entre os homens, investe em tecnologias sustentáveis e tem uma arquitetura contemporânea


Foto: Cortesia Auroville-OutreachMedia

As construções, como o Centro dos Visitantes, não seguem qualquer padrão e expressam a multiplicidade de visões dos moradores. Aí acontecem shows, exposições, e é onde ficam as lojas

Cidade universal, ponte entre o passado e o futuro, caminho de transformação... Auroville já mereceu incontáveis definições, na tentativa de sintetizar o que ela representa. Para a designer paulista Ruth Reis, que acaba de desembarcar de uma viagem à Índia, a melhor palavra é esperança: "É possível viver de um jeito simples e natural, sem tanta angústia nem pressa".

Há 40 anos plantada na região de Villupuram, no Estado de Tamil Nadu, a cidade que surgiu do sonho de um filósofo hindu, Sri Aurobindo, que perseguia o sentido da vida e acreditava que o caminho para conquistar a paz e o equilíbrio seria a união entre os homens. Debruçada sobre a Baía de Bengala, que engloba quase 100 vilas espalhadas por uma área de 20 quilômetros quadrados, com uma população estimada em 3 mil pessoas originárias de mais de 45 países - apenas metade dos habitantes é indiana. "É um lugar onde se vive pacificamente, somando em vez de competir", diz Ruth.

"Auroville simboliza a procura de liberdade, e a liberdade sempre desafia a ordem. O projeto só poderia acontecer na Índia, onde impera o caos, as buzinas não param de tocar, vacas e gente se misturam aos carros num trânsito de enlouquecer até paulistano. Um país sem regras, palco da diversidade mais absoluta, em que a tecnologia de ponta convive com uma cultura riquíssima em tradições," completa.

Se estivesse vivo, Sri Aurobindo, o grande pai dessa comunidade, com certeza concordaria. Ele mesmo definia a Índia como uma "divina anarquia", um ambiente de extrema complexidade, que inspira viver intensamente a experiência humana. Ele ainda dizia: "O homem tem de tomar consciência de seu ser interior e só depois se organizar espontaneamente, sem se submeter a leis externas a seu espírito". O mestre, autor de vários trabalhos espirituais, defendia o direito de cada um identificar seus rumos, mas lembrava que para tanto é preciso se libertar da autoridade do ego. Auroville foi pensada como um cenário que estimulasse justamente essas conquistas.

Vida real
Liberdade é o mantra. Mas que não se confunda Auroville com a ideologia do flower power dos anos 1960. "A cidade não tem nada a ver com as antigas coletividades hippies, onde se vivia na ilusão, sem fundamentos nem propósitos", afirma o professor de ioga Marco Schultz, de Florianópolis, Santa Catarina, que há mais de 12 anos lidera grupos de estudo em viagens a centros de peregrinação espiritual.

"Aos hippies faltava ética. Em Auroville se exercita a consciência", diz. Além disso, havia naquelas tribos um desprezo visceral pelo conforto - considerado supérfluo - e pela produtividade. Nesse projeto não é pecado produzir, muito menos consumir. "A rotina é concreta", afirma Ruth.

Para sobreviver é preciso trabalhar, pagar impostos (33% da renda vai para a comunidade) e estresse não é uma palavra rara. Em contrapartida, há a certeza de que se pode contar com o outro e que a ele devemos nossa solidariedade. "A comunidade tem diretrizes pautadas no bem comum. A propriedade é coletiva e a administração cabe a um conselho composto por um representante do governo da Índia, um conselheiro internacional e os moradores. A proposta é colocar o ego a serviço da consciência e empenhado na busca pela unidade", diz Schultz.


Foto: Cortesia Auroville-OutreachMedia

O Matrimandir, espécie de templo, ocupa essa esfera metálica dourada, no centro da cidade. Sua arquitetura grandiosa domina a área da paz, como é chamado esse pedaço da urbe

Este é o caminho
Ali, vive-se na contramão do capitalismo. Crescer não é a prioridade. Qualidade de vida, isso sim é uma aspiração imediata.

Apesar do tom esotérico, essa busca pela consciência não se atém a uma religião. Aliás, a proposta é a não religião que abriga todas as formas de fé sem impor nenhuma.

Há abertura para todos os homens de sabedoria, mas não se deve limitar a uma tradição religiosa. Não há gurus nem dogmas. "A Mãe é uma inspiração. Porém, a responsabilidade de nossas próprias ações é individual", afirma Schultz.

Visitar o Matrimandir evidencia esse valor. A construção em forma de esfera, dourada, é um templo sem deuses, silencioso, que concentra uma energia feminina ligada à força da criação e a valores como compaixão, leveza e amorosidade. O único barulho é o da água corrente, que embala a meditação, prática hinduísta adotada como canal de autoconhecimento. "Para ser livre é importante entrar em contato consigo mesmo", diz Schultz.


Foto: Cortesia Auroville-OutreachMedia

O metal dourado do Matrimandir reflete a luz do sol, criando um efeito mágico na cidade. Na foto ao lado, o Centro Financeiro, espécie de banco e núcleo de negócios que administra o dinheiro dos moradores e orienta o uso dos impostos e das doações que a cidade recebe

Desafios
Calma, mas conectada, a comunidade imaginada pelo mestre está em perfeita sintonia com a tecnologia, o design e a inteligência do mundo contemporâneo. Há um estímulo especial a práticas sustentáveis, como o uso de bambu na arquitetura e a ampliação das diferentes formas de energia solar.

Muitos quilômetros de floresta foram replantados, a fauna foi reintroduzida, o uso sustentável de água e energia virou prática, e há uma campanha constante para reciclagem e redução dos resíduos.

Nas escolas - são seis, atendendo crianças de todas as vilas -, a pedagogia da livre escolha permite optar por matérias, de modo que cada aluno descubra seu potencial. Desportes e arte são altamente valorizados. Apesar das conceções que regem a comunidade, Auroville enfrenta as mesmas questões de outras cidades do mundo. Surpreendentemente, há vestígios de violência e destruição.

O sonho de Aurobindo caminha lentamente, dependente de doações do governo da Índia, de ONGs e de pessoas de boa vontade. Para os otimistas, como a designer Ruth Reis, esses passos vagarosos representam uma nova perceção global. Ela enaltece a cidade-laboratório, em que se experimentam novos modelos de convivência e de vida urbana, tão necessários ante a falência em que as cidades se encontram.

Publicado em 16/05/2011
Cecília Reis
Conteúdo do site Bons Fluidos

Fonte:
http://mdemulher.abril.com.br/bem-estar/reportagem/viver-bem/auroville-cidade-sonhos-627771.shtml

Sem comentários:

Enviar um comentário