Ao jeito de prefácio

D. Manuel Martins Bispo Emérito de Setúbal - O autor do livro que tem entre mãos, com o sugestivo e quase misterioso título “UM NOVO MUNDO –A NOVA TERRA – O INÍCIO” pediu-me um prefácio que tentei começar, mas que, honestamente, não fui capaz de fazer. Um livro comum aparece-nos com uma contextura clássica, que pode passar pelo esforço de abrir as portas da explicação ao assunto que vai ser versado, pelas teses e suas provas que a seguir se pontam e, finalmente, pelas conclusões que ajudam o leitor a guardar a memória boa ou má, ou assim-assim do que leu. Neste livro recorre o autor a um processo eminentemente pessoal: mergulha na vida, procura senti-la em todas as suas expressões e depois conversa connosco de forma viva, abrangente, sentida, de tal modo que nem nos damos conta de que estamos a ler um livro, porque mais nos parece que estamos a contemplar um quadro de muitas e variadas cores do que nos mostra a vida. E a vida que o autor nos mostra é a nossa vida difícil que estamos a viver no mundo, na Europa, em Portugal. Através do acompanhar da “conversa”, concluímos que estamos mal, mesmo muito mal, com boa parte dos portugueses sem pão à sua mesa e outra parte com o medo – certeza que o podem perder. Aparecem-nos as causas de todo este mal-estar que passam por uma filosofia económica verdadeiramente diabólica que comanda o mundo, até uma falta objetiva na arte da governação, passando também pelo desinteresse de muita gente ou pela falta objetiva de consciência democrática, que, a existir de verdade, “poria tudo isto na ordem”. Um dos frutos, por ventura o mais valioso deste livro, consiste em despertar as pessoas para a sua dignidade singular que é a fonte de todos os seus direitos e pode ser a força de todas as reações. Tome-se este livro como manual de reflexão. Como meio de descoberta de que o mundo é nosso, de que cada um de nós é construtor de história, de que o pior que nos pode acontecer é deixarmo-nos manipular ou instrumentalizar. Vejo neste livro tão interessante e tão rico de informação, uma espécie de Compêndio de Doutrina Social ou então como um pequeno terramoto que nos desperta para o modo como devemos estar na vida. Não perca a oportunidade de o ler, caro leitor. Sem pressa. Vá-se perguntando se o autor tem ou não razão no que diz. Estou certo que muitas vezes irá dizer que sim e que vai ficar grato a quem lhe pôs esta prenda nas mãos. Estamos muito mal. Mas responsavelmente juntos, podemos vencer. E vamos vencer. Soluções em: http://www.chiadoeditora.com/index.php?page=shop.product_details&category_id=0&flypage=flypage.tpl&product_id=1330&option=com_virtuemart&Itemid=&vmcchk=1&Itemid=1